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Um corpo mais vital e presente

As propostas de movência pensadas por Aline Bernardi, assim como suas contínuas experimentações que friccionam dança, performance, som e escrita, certamente colaboram na abertura de um corpo mais vital e presente.

As linhas que se abrem nessa desterritorialização e reterritorialização permanentes fazem fugir o status normalmente melancólico e repetitivo do movimento que vivenciamos como padrão cotidiano. Esse processo, acredito, envolve uma abertura através da pele.




O trabalho de Aline me permite poder criar temporariamente um corpo que tudo vê. Isso se dá pelas contaminações constantes entre práticas, dança e escrita, poesia e som. Mais do que improvisar e provocar contato, as agitações provocadas por suas propostas, fazem atritar afetos que podem misturar-se uns aos outros, como em um processo de contágio.

Aline perfura o real e não se contenta em apenas representá-lo. Suas propostas já são o próprio acontecimento de criação de territórios mais vitais, diferentes do contexto espetacular em que as cidades modernas se apresentam.

(Daniela Avellar - psicóloga)

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